Ninguém liga tanto assim para você (e isso é maravilhoso)
#11 Zero Pretensões e Sentimentos Aleatórios
Essa semana eu tive uma crise de ansiedade braba. Apesar de ainda não ter pisado em solo firme desde que esse ano começou e ter vivido um turbilhão de mudanças nos últimos meses, eu ainda não aprendi a pegar leve comigo mesma e meu nível de exigência tá ali, beirando a crueldade. Mais uma volta no parafuso e puf!, lá se vai minha sanidade mental, conquistada a duras penas e muitas horas/bunda na terapia.
Estava eu com o chicotinho na mão por não ter conseguido cumprir um prazo (que aliás, só existia na minha cabeça), quando me dei conta de que... ninguém liga. Vivemos no país mais ansioso do mundo, e se eu estou aqui, envolta em meus próprios problemas, é muito provável que as outras pessoas também estejam.
Não tem ninguém sentado olhando pro relógio, esperando impaciente eu subir um conteúdo, fazer um vídeo, escrever uma newsletter. O prazo importa para os meus clientes, claro. Mas e para o resto do mundo que não tem minha chave pix, como é? Para que eu corro tanto? A quem eu estou tentando satisfazer?
Nossos erros têm a durabilidade de um espirro e está todo mundo obcecado com os próprios tropeços. Ninguém liga pra mim, pra você, pro que a gente tá fazendo hoje. E isso é fantástico. Tira o peso de ser 100% produtivo, perfeito, genial.
Tá aí. Se você precisava de uma permissão para fazer algo que tem vontade, mas ainda não tem coragem, pronto, tá aqui. Faça sua dancinha no Tik Tok, sua live, seu Reels. Mande aquela mensagem, insista naquele projeto, desista daquele outro. Não que minha opinião valha de algo. Eu também não ligo.
Curtinhas!
Favor tirar o seu conservadorismo da minha biblioteca. Grata!
Excelente esse papo da Hariana Meinke com a Mari Palma sobre carreira, autoestima, relação com o pai. O episódio da Tchulim também está sensacional!
O que eu to lendo
Quando a vida fica confusa, tá na hora de uma leitura conforto. A minha quase sempre é Agatha Christie (ou Stephen King, dependendo do tema que causou a confusão). O da vez é Assassinato no Campo de Golfe, porque estou na vibe de ler sobre crimes sem sangue, bem limpinhos e servidos com chá em alguma casa de campo nos arredores de Londres. True crime é ótimo, mas também pode ser um pouco antihigiênico.
tati, cada vez mais tenho tentado pensar assim, e é impressionante como isso ajuda a gente a repensar sobre o que temos de medo e insegurança, né? muito bom o texto, obrigada pela partilha! <3