Veja bem, absolutamente nada contra a autora. Acredito, pelo que vi das sinopses, resenhas e comentários de amigos com gosto literário parecido com o meu, que o Nobel de Literatura foi merecido. Também não vou ser esnobe e dizer que “só leio os clássicos” porque os best-sellers ocupam um lugar especial na estante (oi, você tem um minuto pra ouvir a palavra do Ken Follett hoje?). É só que a eterna busca por novidade me cansa um pouco.
Mais do que cansa. Dá aquela acelerada no coração e faz pensar “eu nunca vou dar conta de tudo isso”. E por “tudo isso” não digo só estar antenada com os últimos lançamentos literários, mas com as últimas newsletters que se acumulam na minha caixa de e-mail, o último curso daquele assunto que eu amo, as lives, os episódios de podcasts, as séries dos streamings e aquele meme pra entender minimamente essa galera da geração Z. Gente, meu cérebro millenium não comporta tanta informação.
“Torto Arado”? “Tudo é Rio”? Não li ainda. Lerei, com certeza. E certamente vou voltar para as redes e comentar, como se o hype nunca tivesse passado e ninguém fosse me achar uma tia velha. Mas é isso. Na vida temos que escolher as nossas batalhas e eu escolhi consumir conteúdo de uma maneira mais “slow”, digamos assim.
Essa semana até comentei nos stories que conteúdo em excesso faz com que tudo fique meio parecido, meio pasteurizado. Como a @brufioretti bem diz, é um dèja-vu superlativo. Parece que tudo já foi visto, falado e ninguém se aprofunda mais em nada. Não que eu seja um poço de conteúdo e conhecimento – nos últimos dias ando me sentindo uma poça d’água que não afoga nem formiga. Mas é que a vida acelerada não permite MESMO que a gente se aprofunde, pesquise, explore.
Vai ver que é por isso que meu instagram anda meio parado, semi-abandonado. É um bode que vai passar, tenho certeza. Mas não agora. Por hora, seguimos aqui. E se você não se incomoda com as minhas dicas desatualizadas, nessa news eu tenho algumas para compartilhar com vocês!
Da Semana
Aparentemente, “pintou um clima” entre o Biroliro e meninas de 14, 15 anos, que pasmem: estavam arrumadas em uma manhã de sábado e não era para se prostituir. Não se fala em outra coisa e eu espero muito que esse comentário cruel, infeliz e (vamos dar o nome certo?) pedófilo, renda muitos votos a menos nas urnas. Galera fica nessa pira de Lula, mas o maior adversário do atual presidente é a própria língua.
Em tempo: caso você presencie um caso real de exploração sexual de menores, procure o Conselho Tutelar, delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligue para o Disque 100.
Curtinhas!
Essa dica aqui pra fazer as roupas durarem mais tempo e, de quebra, ainda economizar água e luz.
Por que Stephen King nunca vai ganhar um Nobel (mas deveria).
Um guia prático para detonar Biroliro.
Essa receita vem salvando as refeições aqui em casa.
Comecei a testar esse domingo e curti!
O que eu estou lendo?
Sigo firme e forte no segundo volume da trilogia “O Século”. Eu JURO que já já acaba e vocês não vão me ouvir falando mais do assunto (eu acho). Enquanto isso, retomei “Paula”, da Isabel Allende. Achei que o nazismo tava leve e era hora de ver uma mãe perdendo a filha. Eu não sei nem como minha saúde mental tem resistido, porque a terceira leitura é “Biblioteca da meia-noite”, com várias ideações suicidas. Para completar, eu to assistindo Peaky Blinders. Quem já viu essa série sabe que nem o sorriso do Cillian Murphy consegue suavizar a quantidade de sangue por episódio (não que fizesse muita diferença, já que o homem não sorri).
Voltamos em breve com livrinhos mais doces.
entendo DEMAIS esse bode de ter que ler todos os lançamentos. e penso que acabamos lendo muita coisa mais ou menos só pq acabou de lançar e está todo mundo falando. nem sempre consigo, mas tenho tentado deixar os livros decantarem um pouco e aí ver se ainda me interessam depois que o hype baixou.
Eu tento (está mais no plano das ideias do que algo prático) conciliar uma leitura confortável para mim (no caso suspense policial) com recomendações de autores diferentes vindas de amigos, newsletters, etc para não ficar tão fechado nos meus próprios interesses.
E embora saber que a vontade de consumir e saber um pouco de cada coisa seja meio forte de resistir e impossível de realizar, ainda fica uma sensação de frustração por não dar conta que é meio difícil de lidar as vezes.