Provas, apresentações no trabalho, consultas médicas, sessões de terapia, conversas profundas com o cônjuge. Em algum momento da vida – ou vários, não se iluda – a gente vai se deparar com o fato de que nem sempre nossos esforços e nossa dedicação conseguem suprir as expectativas (nossas ou de terceiros). Aprender a lidar com a frustração é parte importantíssima do amadurecimento e tá tudo certo.
Mas... será que tá mesmo? Na última semana eu me vi diante dessa frustração algumas vezes. Em pelo menos três momentos ao longo dos últimos dias, eu me deparei com pessoas muito confortáveis em dizer que o que eu estava fazendo não era suficiente. E, veja bem, algumas estavam absolutamente corretas e estavam até sendo pagas pra isso (ah, os tapas na cara que a terapia dá!). Mas não é por isso que incomoda menos. Pelo contrário, o desconforto vem justamente do fato de saber que, lá no fundo, elas estão certas.
Por mais que eu esteja dando meu máximo, me dedicando de corpo e alma ao trabalho, ao relacionamento e até a mim mesma, algo vai passar. Meu tempo é limitado, minhas vontades, não. (ah, a geminiana...) Escolher é renunciar.
A pergunta que acalma o coração (ou pelo menos deveria) é: a sua energia está focada onde você quer que ela esteja? Não? Ela está onde você precisa que esteja, pelo menos? Porque a gente já percebeu que querer e precisar são duas coisas diferentes e, muitas vezes, estão posicionadas em polos opostos da nossa lista de afazeres.
E veja bem, essa reflexão não vai terminar com um “let it go”. Nem todo mundo se sente confortável com a ideia de afrouxar as expectativas e “deixar fluir”, já bem diz esse pano de prato aqui. Mas acho que a lição que fica dessa semana é: se você sabe para onde está indo e se o seu caminho - ainda que tortuoso - te leva até lá, vá no seu ritmo e silencie os ruídos. Devagar também é velocidade. Não tem como garantir o sucesso, mas a viagem fica menos desconfortável.
Da semana
Não dá pra falar de nada que não seja Petrópolis. A cidade foi devastada e eu vou poupar vocês das imagens fortes de carros sendo arrastados – os jornais e as redes sociais já fizeram muito isso. Porém, preciso compartilhar uma que pessoalmente partiu meu coração. A Nobel é uma livraria muito querida na cidade e sempre que eu visitava meu pai e minha madrasta, dava uma passadinha por lá. Quem ama livros sente a agonia.
Mas, como agonia sem ação não adianta de muita coisa, vamos ajudar? A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que os itens de maior necessidade no momento são: absorventes, roupas íntimas, álcool 70° (gel ou líquido), desodorantes, fraldas geriátricas e máscaras de proteção individual. Aqui nesse post tem mais dicas de como fazer a sua ajuda chegar à cidade.
Curtinhas!
Como você anda se comunicando? Eu costumo variar entre a comunicação Meio Agressiva, a Passiva e em alguns momentos a Assertiva (amém!).
Se você, como eu, também ficava se perguntando pra que raios serve colocar CPF na nota, esse post explica.
Ter ou não filhos? A matéria da revista Gama explora o assunto que anda ocupando um triplex na cabeça de muita gente!
O que eu to lendo no momento?
Se você, como eu, passou incólume pela febre da trilogia Millenium, sugiro que volte três passos e dê uma chance para os livros de Stieg Larsson. “Os Homens que não amavam as mulheres”, primeiro volume da série, apresenta a Lisbeth Salander, uma das personagens femininas mais intrigantes da ficção policial. Difícil é ter vida social depois de começar a ler!
Se alguma dessas ideias fez sentido pra você, comenta, me manda um email, um sinal de fumaça. Vamos continuar a conversa! 😉