Essa semana duas pessoas me perguntaram se eu parei com a minha news. Tá, uma delas foi o meu marido, então acho que só uma conta. A outra é um amigo querido, então talvez seja meio forçação de barra colocar esse retorno na conta do clamor popular. :P Seja como for, cá estou eu de novo. Ainda tem alguém aí?
O meu sumiço daqui e das redes sociais não é culpa apenas da falta de tempo, mas sim de um cansaço mental que há muito tempo eu não sentia. E se eu divido isso aqui é porque eu tenho 99,9999% de certeza de que você provavelmente se sente assim também. Quem achou que ia sair alegre pela rua no pós-pandemia, beijando desconhecidos, mostrando o sorriso sem máscara e lambendo o corrimão do metrô (graças à vacina), se enganou redondamente. Estamos exaustos, todos nós.
E correndo o risco de dar um tiro no meu próprio pé – afinal, elas pagam metade dos boletos aqui em casa – sou obrigada a dizer que as redes sociais tem MUITO a ver com isso. Nós gostamos de nos iludir pensando que obedecemos apenas a patrões e clientes, mas na verdade, obedecemos ao algoritmo. E ele é o pior tipo de chefe: aquele que não é claro no que quer, faz com que você muitas vezes adivinhe o que deve ser feito e exige horas de dedicação exclusiva (e não remuneradas, claro!).
Longe de mim ser ingrata, já que ele me proporciona CONEXÃO com quem tá longe e com quem eu não conheço. Mas sei lá, gostava mais da internet dos blogs que deixava na minha mão a opção de escolher o que eu quero consumir.
Enfim, férias acabando, muitas reflexões em andamento, os 36 se aproximando. Prevejo mudanças e não sei se estou pronta para elas. Mas seguimos. E estamos de volta! 😊
Da semana
Sigo acompanhando o caso Depp x Heard e minha conclusão até agora é só uma: façam terapia. Pelo tempo que for necessário. Trabalhe para dar um carro de luxo para a sua terapeuta todo ano. Cada centavo gasto vale a pena se isso te dá mais saúde mental. É impressionante/triste/sufocante ver o que os traumas e as doenças mentais não tratadas são capazes de fazer com as pessoas. E aqui, veja bem, não faço nenhum juízo de valor sobre os envolvidos. Pra mim, mais do que punição, os dois precisam de ajuda. E eu preciso de uma série nova, porque assistir essa treta também não tá me fazendo bem, não.
Curtinhas!
Por falar em série, recomendei This is Us para uma amiga e ela ficou mexidíssima com a primeira temporada. E aí, eu conto ou vocês contam? A sexta (e última) está em andamento aqui, e a caixinha de lenços segue em uso.
Mas, como nem tudo é drama, Modern Family é maravilhosa e precisa ser assistida. As duas estão disponíveis no Star+, apenas o melhor streaming da atualidade.
Pedro Scooby escreveu uma carta para o filho depois de quase morrer em Nazaré e, olha, lavei os olhos de dentro para fora.
E você, teria amigos?
Viciada estou em 3 Nights, de Dominic Fike. To atrasada?
O que eu to lendo no momento?
Só li coisas maravilhosas nessas mini-férias. A primeira foi “Sempre Vivemos no Castelo”, último livro da Shirley Jackson. Aqui, a autora preferida de Stephen King conta a história das irmãs Blackwood, que vivem isoladas em um casarão depois de a família ter sido envenenada com arsênico. A voz da narradora é simplesmente sensacional.
Depois, li “A Disciplina do Amor”, coletânea de textos ficcionais e autobiográficos da Lygia Fagundes Telles. Saio (ainda mais) apaixonada por essa senhora e já emendei a leitura dos Contos. Depois volto pra contar!
E se você chegou até aqui, me conta? :)