Da última vez que escrevi essa newsletter, vim aqui falar sobre tratos que fazemos conosco. Jurei que voltaria a escrever com frequência, regularidade e não ia abandonar a escrita, esse hábito que me faz tão bem. Na semana seguinte, descumpri o combinado. Vergonhoso, pensaria uma versão anterior de mim.
Hoje já sei que a constância é feita de altos e baixos e que para construir um hábito é preciso bem mais do que 21 dias. No caso específico da escrita, é preciso se despir de alguns pudores que chegam travestidos de perguntas como “por que será que estou fazendo isso?”, “será que o que eu falo faz diferença na vida de alguém?”, “sobre o que vou falar, nessa semana que nada aconteceu?”.
Bobagem, e todo cronista de jornal me diria isso. Os assuntos vêm da vida e da pressão dos prazos. Então hoje, sábado à noite, enquanto meu marido se prepara para assistir ao jogo do Flamengo, decidi abrir o computador e (re)começar a tentativa de me manter firme nessa newsletter.
Este texto pode soar como uma desculpa, mas está longe disso. Estou aos poucos aprendendo a não me justificar (“os amigos não precisam, os inimigos não acreditam”) e isso tem me ajudado a evoluir. Na corrida, outro hábito que me ajuda a limpar a mente, parar de procurar a causa do “fracasso” nos treinos me faz continuar. Hoje não deu, depois de amanhã tem mais.
A evolução vem aos bocadinhos e no dia a dia a gente quase não percebe, até que de repente, lá está ela. As coisas encaixam e fluem e deixam de ser a luta que parecem ser à primeira vista.
Que encaixem por aí também!
Da semana
Será que a gente tem conteúdo/fôlego/paciência/tempo/saúde mental para mais uma rede social? Por força do ofício (para quem não sabe sou social media e produtora de conteúdo), eu entrei no Threads (@eutatiguedes), já fiz alguns posts e estou me ambientando com a rede.
O veredicto? Sigo impressionada com a quantidade de gurus especialistas em uma rede que tem 10 minutos de idade. Eu ainda fazendo meu primeiro tweet (desculpe o ato falho) e já tinha gente ensinando a ficar milionário na rede. Minha humilde opinião: é pra falar besteira e relaxar, sem a obrigatoriedade de fotos bonitas e vídeos editados. Celebre a autenticidade e o conteúdo preguiçoso.
Curtinhas!
Um post com 5 coisas que a gente deveria normalizar.
Um vídeo que dá saudade de Minas.
Um post que acalma a ansiedade.
Um vídeo com a música mais antiga do mundo (via Agência HQT)
O que eu estou lendo?
Há tempos a capa colorida de “Indomável” me perseguia por aí. Já tinha lido resenhas, posts de gente com gostos literários parecidos com os meus, e todos eram unânimes: o livro merecia ser lido. Venho aqui então só para engrossar o coro. Vale mesmo a leitura!
Glennon Doyle conta como decidiu sair de um casamento heterossexual e começar um novo relacionamento com Abby, ex-jogadora de futebol da seleção americana. A situação é bem específica, e não é todo mundo que vai se identificar. Por outro lado, as dificuldades que Glennon enfrentou até encontrar a própria voz e viver de acordo com os seus desejos é algo quase universal. Já está todo marcadinho com frases que merecem ser tatuadas.
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