Conferi várias vezes a contagem antes de postar, mas é verdade: chegamos à 100ª edição desta newsletter!
Quando eu comecei a escrever, lá em 2022, sentia que estava realizando um sonho antigo: levar os meus textos direto para a caixa de entrada das pessoas, como fazia um tanto de mulher bacana que me servia (e serve até hoje!) de inspiração.
Me faltava constância, eu ainda estava (estou) aprendendo a encontrar a minha voz, os temas que me interessam. E hoje, se me repito, é sabendo que ainda preciso escrever sobre aquilo para digerir e, só então, seguir em frente.
Os textos sempre foram em primeira pessoa. É assim que eu me comunico, gero conexão. Não sei (ainda) fazer diferente. A ficção, no caso, me desnuda mais do que vir aqui falar sobre meus medos, acertos, inseguranças, dúvidas, certezas. Ainda me arriscarei nela. Quem sabe em 2025 vocês não leem um rascunho por aqui?
A escrita faz parte de quem eu sou, da maneira como eu vejo e tento dar contorno ao mundo. Às vezes, acho que faço bem, às vezes tenho certeza de que faço mal. Às vezes não ligo e saio fazendo porque sei que ninguém nasce escritora, torna-se. Todo dia um pouquinho.
Mas não foi sempre assim. Essa paz que vem do movimento (e não do resultado) exigiu muitas permissões. Eu precisei me permitir ser ruim em algo que eu queria (ainda quero) muito ser boa. Eu precisei que mulheres como a
, a , a , a , a , a , a e mais um monte de outras maravilhosas, escrevessem, falassem sobre o que leem, veem e sentem, para que eu me sentisse autorizada a fazer o mesmo. Eu não precisei pedir permissão ao meu marido para me ausentar por algumas horas no domingo, me trancar no escritório e escrever um texto para publicar na manhã seguinte. Eu não precisei, mas pedi mesmo assim, por que, quem sou eu para tirar um tempo de qualidade da família e dedicá-lo só a mim?Eu sou eu e isso deveria bastar. Mas o que essas 100 edições da newsletter me ensinaram é que a gente precisa se autorizar o tempo todo. Se autorizar a se expor, a vasculhar o mundo interior e tirar algo que, de tão íntimo, se relacione com o outro. Se autorizar a - socorro! - cobrar pela escrita (e esse foi meu movimento mais ousado de 2024!). Se autorizar a simplesmente jogar as ideias no mundo. Eu me autorizei, encarei com coragem a missão, e estou MUITO feliz com o resultado.
Somos quase 500 pessoas aqui e eu só tenho uma coisa a dizer: MUITO OBRIGADA pela companhia! Obrigada por cada recomendação, cada curtida, cada like e cada comentário. Os comentários, meu Deus, obrigada por eles. É uma delícia ler, ser lida e saber que o que está dentro de mim também ressoa em quem está do outro lado da tela.
100 edições, e que venham mil outras mais!
(Ah, e se você gosta do meu trabalho por aqui, considere apoiá-lo assinando a versão paga. São apenas R$ 7 por mês ou R$ 70 anuais, com dois conteúdos exclusivos mensalmente. Em 2025, o valor aumenta, mas as recompensas também. Vem muita coisa boa por aí!)
Curtinhas!
Os melhores memes de 2024.
Me parece que Gal Gadot será uma boa Cleópatra.
Antes de Elena Ferrante, Dalton Trevisan também gostava de despistar a imprensa.
Uma crônica sobre dezembro.
Essa imagem do diário da Tamara Klink me fez comprar Mil Milhas. Tem cara de livro bom para ler na piscina do clube.
Duas artistas que eu ando namorando ultimamente: Lorena Moreira e Anna Cunha.
Notinhas do Pedro sempre valem a leitura.
O que eu estou lendo?
Parei tudo o que estava fazendo para começar a ler Pedro Páramo. As impressões, até agora, são positivas, mas antes de comentar, vou observar como a leitura se desenrola. A calma necessária em livros muito hypados, sabem como é. Em paralelo, estou lendo Auto da Compadecida, para depois ver o filme e, em seguida, assistir a sequência, que estreia no cinema no dia 25 de dezembro. Ariano Suassuna está longe de ter o reconhecimento que merece, mas da minha parte, espero mudar isso ano que vem. Ouvi “leitura coletiva de Romance da Pedra do Reino”? Fica aí um pequeno spoiler…
E não custa lembrar: os livros que eu cito aqui nessa newsletter sempre vêm acompanhados de um link de afiliado da Amazon. Ao comprar qualquer item através desses links, eu ganho uma pequena porcentagem e você não paga nada mais por isso. Vamos ajudar essa produtora de conteúdo a adquirir mais livros e falar mais sobre eles, em um ciclo sem fim de bons conteúdos na internet? :)
<3 vida longa a essa news!!
parabéns, Tati! que venham mais 100 edições ♥️