Cheguei a essa conclusão aí do título depois de ouvir de dois médicos diferentes que eu deveria dar um tempo na corrida – para poupar diferentes partes do corpo. Minha psicóloga engrossou o coro e disse que eu preciso parar no meio da tarde por, pelo menos, uma hora e simplesmente esvaziar a cabeça. Sem telas, ela disse. Concordei prontamente, mas fiquei na dúvida: livro pode? “Não, é você com seus pensamentos. Desligar”. Sei nem como faz isso, gente. É como? Deitada? Tipo meditação? Posso fazer a lista do mercado enquanto isso?
“Quem não tem tempo pra cuidar da saúde vai ter que arrumar tempo para ficar doente”, já dizia o ditado. Controladora que sou, resolvi encaixar esses momentos de pausa na rotina antes que o corpo decida por ele mesmo qual a hora de parar. A julgar pelas vezes que eu já senti vontade de fazer xixi três minutos depois de sair de casa, eu diria que o meu não é muito bom de timing.
Esse fim de semana resolvi seguir a recomendação médica e tentar descansar ao máximo. Falhei miseravelmente. O corpo foi devidamente horizontalizado. Mesmo. Mas a cabeça estava a milhão.
E eu sei que não estou sozinha nessa. Nós, mulheres, estamos sempre em uma gaiola de hamster, correndo numa esteira eterna, de um lado para o outro, competindo com sabe lá Deus quem. Parar significa inércia. Inércia significa que não estamos evoluindo. E nem importa que, muitas vezes, a gente nem saiba o que essa tal evolução significa para nós. O importante é não parar.
Mas pra quê? De que pensamentos estamos fugindo quando nos colocamos em um movimento perpétuo? O que sobra da vela quando insistimos em queimá-la por ambos os lados?
Curtinhas!
Para (tentar) entender a gravidade do conflito entre Israel e o Hamas.
E claro, esse episódio do Petit Jornal.
Esse texto da
via traduziu minha alma.Um skate diferente para aliviar dias difíceis.
Esse post necessário da Vic Machado para quem quer ler mais.
Sugestão para essa semana que está começando: elogiar mais.
O que estou lendo?
Minha lista de leituras para o mês de outubro era todinha de livros de terror, mistério e morte. A leitura atual, inclusive, é “Tudo é Eventual”, coletânea de contos do Stephen King. King é um dos meus autores favoritos, principalmente para narrativas mais curtas. Mas agora, com os três médicos mortos no Rio de Janeiro e a guerra estourando no Oriente Médio, acho que a realidade superou qualquer história de terror. É o horror puro e visceral bem na nossa frente. Diante disso, só resta recalcular a rota e escolher livros mais levinhos.
E vocês, também mudam as leituras de acordo com a vida real?
E você já sabe: ao comprar qualquer item através dos links dessa news você ajuda essa produtora de conteúdo a adquirir mais livros, em um ciclo sem fim de bons conteúdos na internet. :)
A meditação mudou completamente a minha percepção sobre a dificuldade de descansar. Agora é muito mais natural. Ressignificar esse bloqueio que eu tinha com meditação foi um divisor de águas pra mim!
Isso de descansar é um eterno exercício, né? Volta e meia me pego precisando ficar atenta a isso também. E esse aqui foi um ótimo lembrete!