F*da-se, o que vier eu traço.
#24 Zero Pretensões e Sentimentos Aleatórios | Sobre como a Rita Lee continua me inspirando, mesmo em outro plano.
“F*oda-se, o que vier eu traço”.
Essa frase curtinha e maravilhosa foi escrita pela Rita Lee na porta de um banheiro de hospital, quando ela se preparava para a primeira sessão de quimioterapia. Sua mãe tinha morrido de câncer e sofrido muito com a quimio, então Rita tinha razão em estar apreensiva.
Apreensiva, sim. Covarde, jamais. Ela encarou o tratamento e tudo o que veio depois, como conta em "Outra autobiografia", livrinho delícia que eu li em menos de 24 horas.
Escolhi essa frase pra retomar essa newsletter, parada há 4 meses (como bem me informou o Substack essa semana) pela organização de um casamento, muito trabalho e mais um tanto de confusões mentais.
Inspirada pela Rita, minha deusa desde a infância quando eu ouvia Fruto Proibido com a minha mãe, resolvi mandar meu próprio "Foda-se, o que vier eu traço". A vida é mesmo lotada de incertezas e, com medo de não dar conta de tudo, volta e meia a gente se pega adiando projetos que são importantes, que fazem bem à alma.
Foda-se mandado, digo que voltei! Será que vocês ainda estão por aí?
Da Semana
Meu ranço por "Na Natureza Selvagem" já é público e notório. Não pelo livro, Jon Krakauer segue sendo um dos meus autores favoritos. Mas pela história do Supertramp, que não só acabou mal, como ainda inspirou muita gente a dar um rolé no Alasca sem os cuidados necessários. Até hoje muitos aventureiros mobilizam serviços de resgate - que deveriam ser utilizados por quem NÃO se enfiou numa enrascada por livre e espontânea vontade, para começo de conversa.
Se você não tem a sorte de estar fora das redes sociais essa semana, deve ter lido tudo sobre o desaparecimento de bilionários excêntricos (será pleonasmo?) dentro de um submarino. O objetivo da viagem era ver de perto as ruínas do Titanic, mas a aventura acabou mal.
Pessoas faleceram e eu não vou fazer piada com isso. Só fico me perguntando porque meninos crescidos com brinquedos muito caros tem tanto apreço por colocar suas vidas em risco. Será que mulheres bilionárias encontrariam melhor uso para seu dinheiro? Apesar da quantidade ínfima de mulheres que figuram nessa lista, eu tenho certeza absoluta que sim. Mas longe de mim dizer que pra ser bilionário precisa ser homem e branco, que isso.
Curtinhas!
O que estou lendo?
Prevejo uma miniressaca literária depois de ler “Outra autobiografia” da Rita Lee. A sorte é que “Teta Racional”, livro de contos da Giovana Madalosso, já estava bem encaminhado. Aliás, ando com vontade de fazer um projetinho de contos, ler e comentar alguns por aqui. Uma vez por mês, quem sabe?
E vocês, ainda me leem por aqui? Se sim, até semana que vem! ;)