Reencontrar amores da juventude é sempre uma caixinha de surpresas. Você pode tanto sentir novamente aquelas borboletas no estômago quanto se perguntar “onde eu estava com a cabeça quando me apaixonei por você?”.
Vivi essa experiência recentemente e, para a minha sorte, senti as tais borboletas. Ainda que o amor em questão esteja calvo e siga aficcionado por futebol, o humor sarcástico e autodepreciativo que me conquistou na época da faculdade se manteve. Mas não, não estou falando de um ex-namorado, e sim de um escritor.
O ano era 2007 e uma amiga me apresentou Alta Fidelidade, um romance curto sobre um cara meio nerd, dono de uma loja de discos e um péssimo histórico amoroso. Depois que seu relacionamento termina, ele se apega às suas músicas preferidas, enquanto tenta conversar com dois amigos ainda mais imaturos do que ele. (Trazendo para o contexto brasileiro, podemos encontrar espécimes como Rob em qualquer bar de Botafogo ou de Santa Cecília, usando bermudas, camisas coloridas de botão, meias até o meio da canela e ecobags. Você já viu vários deles por aí, e talvez até tenha se envolvido com algum.) Em resumo, é sim, um livro sobre um cara branco imaturo sofrendo ao som de música dos anos 90. Mas é um livro bem escrito, divertido e que faz você dar boas risadas.
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