Essa edição da news contém dicas maravilhosas e um teste. Todo final de mês eu costumava fazer no Instagram (@eutatiguedes) um post compilando minhas descobertas mais recentes: livros, filmes, séries, podcasts, etc. O hábito acabou se perdendo, mas a vontade de dividir dicas boas com vocês permanece aqui, firme e forte.
Então eu fiquei pensando… Por que não trazer este formato para o Substack, que eu amo tanto? Aí fica o questionamento: vocês curtem esse tipo de conteúdo? Gostariam de ver mais por aqui? Topariam pagar um valor baixinho por mês pra ter acesso a uma curadoria mais completona? Quem sabe não tá na hora de lançar uma versão paga da ZPSA? Vocês viriam comigo?
Então senta, pega um café, que essa edição vai ser longa (porém, prometo coisas boas).
Livros
“O Vento sabe meu nome” não me conquistou de cara, preciso dizer. Apesar de eu amar a escrita da Isabel Allende, essa narrativa começa pesada, bem na Noite dos Cristais. Samuel Adler, um menino de cinco anos, se perde do pai e vê sua vida mudar completamente com a ascensão de Hitler. Oitenta anos depois, em 2019, Anita Díaz se perde da sua mãe ao tentar entrar nos Estados Unidos como imigrante ilegal. A sobreposição dessas duas histórias mostra que a humanidade segue dando errado, mas Allende compensa com personagens cativantes do início ao fim do livro.
As histórias narradas em “Pacientes que curam” também não são exatamente leves, mas a escrita da Julia Rocha é deliciosa. Até as dificuldades que ela enfrenta como médica do SUS soam bonitas nas suas palavras. Mas não se engane pelos textos curtinhos e fáceis de ler. O livro é profundo e diz muito sobre o Brasil. O que a gente tem e o que a gente quer.
Esperei passar o hype para ler “Pequena coreografia do Adeus”, o romance em prosa lindo de viver da Aline Bei. Histórias de mãe e filha sempre me pegam de um jeito diferente (então já aviso que pode ter alguns gatilhos aqui), mas ela soube contar a história de um relacionamento conturbado de uma maneira muito singela e bonita. É um livro sobre maternidade, amor, e principalmente sobre a descoberta de si mesma. Recomendo!
Para finalizar, que tal Agatha Christie? “Punição para a inocência” não está entre os meus preferidos da Dama do Crime, mas tampouco me desagradou. Jacko Argyle é preso por matar a própria mãe, mas só depois que ele morre na cadeia a pista que o inocentaria vem à público. Agora a família tem que lidar com a possibilidade de o assassino da matriarca ainda estar entre eles. Fica bem melhor do meio para o final, e o desfecho é surpreendente.
Filmes
Começamos o mês com “Bob Marley: One Love”, uma cinebiografia produzida pelo Brad Pitt em parceria com os filhos do músico. Não à toa, é meio chapa branca. Os onze filhos - de mulheres diferentes - são mencionados muito por alto e a persona do cantor me pareceu meio idealizada. Estou sendo chata aqui, mas a verdade é que cinebiografias de músicos me pegam demais e eu perco um pouco a objetividade.
Aliás, objetividade foi tudo o que não tive ao ver “Todos menos você”. O nome disso é escapismo e, olha, é uma delícia. Eu estava sentindo falta de comédias românticas com casais pelos quais realmente dá pra torcer. Glen Powell e Sidney Sweeney tem uma super química e o filme é, pasmem, realmente engraçado.
Séries
Olivia Pope é minha pastora e nada me faltará. Seguimos firme e forte por aqui com “Scandal”, ainda que achando Fitz o presidente fictício mais banana que já pisou na Casa Branca. Porém, Shonda Rhimes é Shonda Rhimes e até quando ela erra, ela acaba acertando. Kerry Washington também está sensacional no papel de relações públicas/ heroína/ amante do presidente.
E já que estamos vendo séries antigas, por que não dar uma chance a House (Netflix), não é mesmo? Gosto muito da atuação do Hugh Laurie nessa série, mas devo confessar que vendo assim, no streaming, um episódio seguido do outro, fica muito evidente que o formato é repetitivo. Ao contrário de Grey’s Anatomy, em que os arcos da narrativa se resolvem em mais de um episódio, House parece repetir uma formulinha. Gosto, mas tenho ressalvas.
Música
“Redemption song” rende uma das cenas mais bonitas de “Bob Marley: One Love”. A música foi escrita em 1979, quando o cantor já tinha descoberto o câncer e se recusado a amputar o dedo. Soa como uma despedida e é linda de ouvir.
Podcast
Já comentei aqui que sou fã número 1 de Rita Von Hunty e não perco um podcast sequer com ela. O da vez foi “Acessíveis Cast”, apresentado pela Marimoon e Titi Muller. Uma conversa bem importante que começa falando de amor e termina com crise climática. Para aumentar nossa consciência e nosso repertório.
Perfil
Chatos para comer vão se identificar com a Hannah, uma garotinha de 8 anos que mostra no Instagram (@myarfidlife) como é a vida de alguém com Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE ou ARFID, em inglês). Nos vídeos, ela experimenta novos alimentos e dá nota para cada um deles. Quem tem paladar seletivo vai entender porque a pequena é tão inspiradora.
E aí, curtiu as dicas de fevereiro? Me conta nos comentários o que você achou desse formato? E claro, fica à vontade para dividir suas dicas também!
E você já sabe: ao comprar qualquer item através dos links dessa news você ajuda essa produtora de conteúdo a adquirir mais livros e falar mais sobre eles, em um ciclo sem fim de bons conteúdos na internet. :)
Não sabia que o filme do Bob Marley já tinha sido lançado, tava bem curiosa pra assistir!
dicas anotadas, principalmente as dos livros. difícil vai ser encontrar tempo para segui-las. rs