Março foi um mês emocionalmente desafiador por aqui (se foi por aí também, me conta, pra eu não me sentir sozinha?). Então, mais do que itens numa listinha, as dicas que eu reuni aqui foram uma companhia bem-vinda nos dias difíceis.
Alguns foram realmente um carinho na alma, outros serviram para dar perspectiva (algo como “olha, até que a vida podia ser bem pior, não é mesmo?). Deixo vocês descobrirem a categoria em que se encaixa cada um! 😛
Livros
Encaixotando minha biblioteca, de Alberto Manguel
Com o tamanho perfeito para caber na bolsa, esse livro me fez companhia durante alguns meses e me ajudou quando eu mesma estava encaixotando a minha própria biblioteca (bem mais humilde do que a do autor). Em uma elegia e dez digressões, Manguel fala sobre sua relação com a literatura e como ela ajuda a nos construir, tanto individual como coletivamente. Uma verdadeira declaração de amor aos livros.
Caminho para liberdade, de Jojo Moyes
Ganhei esse livro duas vezes, a primeira de uma amiga, a segunda do meu marido, no Dia Internacional das Mulheres. Como eu gosto de ver sinais do Universo até onde não há, achei que estava na hora de tirá-lo da estante e dar uma chance. E, olha, que experiência divertida! Confesso que eu tinha um certo preconceito com a autora, mas se ela não pode ser comparada à Jane Austen ou às irmãs Brontë, também não faz feio ao lado de Liane Moriarty e Taylor Jenkins Reed. Baseada em uma história real, Moyes narra a vida de um grupo de mulheres que cavalgam pelas montanhas do Kentucky para levar livros a comunidades remotas. Uma delícia de livro que eu espero que vire filme em brevíssimo.
Filmes
Orgulho e Preconceito
Esse filme está na lista de favoritos de muita gente, né? Apesar de não ter entrado no meu top 10, adorei rever para o módulo 2 do curso “Como Analisar Narrativas”, da Livre Literatura. O elenco é cheio de atores incríveis como o Matthew MacFadyen (como Mr. Darcy) e Rosamund Pike (como Jane Bennet), mas o que me chamou a atenção mesmo foi a participação da Kelly Rilley, uma atriz que eu tenho amado acompanhar. Mais sobre ela em breve. Disponível no Google Play.
O Diabo no Tribunal
Quem gosta de filmes e livros de terror já deve ter ouvido falar de Ed e Lorraine Warren, o casal de demonologistas que deu origem à franquia “Invocação do Mal". Nesse documentário, eles servem de testemunhas no primeiro caso em que um réu alegou possessão demoníaca para se defender da acusação de homicídio. A narrativa é construída de forma a não induzir uma resposta. Cabe a nós, espectadores, acreditar ou não nos fatos apresentados. Se você já viu, me conta a sua opinião nos comentários? Disponível na Netflix.
E depois?
Indicado ao Oscar de Melhor Curta Metragem em Live Action, esse filme entrega tudo e mais um pouco em 18 minutos de duração. Sensível e bem direto ao ponto, ele mostra como David, um motorista de aplicativo em Londres, está levando a vida depois de um luto. A pergunta do título, aliás, é algo que me ocorre com frequência: como seguir vivendo depois de uma perda inimaginável? Disponível na Netflix.
Séries
Yellowstone
Sempre acho curioso como os roteiristas de série conseguem nos manipular e nos levar a ter empatia por pessoas de caráter duvidoso. É exatamente isso que acontece em Yellowstone, essa série viciante que tem Kevin Costner no papel principal. Como patriarca da família Dutton e latifundiário em Montana, ele não é exatamente um herói. Aliás, nenhum dos personagens se enquadra nessa categoria, mas todos são muito interessantes e bem construídos. Destaque para Beth Dutton (interpretada pela Kelly Rilley, que eu já falei aqui em cima) e Rip Wheeler (Cole Hauser), o melhor casal da TV americana atualmente. Quem leu a news dos melhores de fevereiro lembra do meu ranço pelo presidente de Scandal, certo? Pois é, Rip é o exato oposto. Ainda bem. Disponível na Netflix até a terceira temporada.
Pesadelo americano
Uma mulher é sequestrada no meio da noite dentro da casa do namorado e as suspeitas recaem sobre ele. Mas as coisas não são exatamente o que parecem. Essa série documental vai além do clássico True Crime e denuncia também como a polícia tende a encontrar soluções fáceis para situações complexas. Vale assistir! Disponível na Netflix.
Música
Volta e meia eu ressuscito músicas antigas e esse mês foi a vez de “Knockin’ on heaven’s door”. A original do Bob Dylan já é linda, mas a versão do Guns ‘n’ Roses ganha uma camada a mais de intensidade.
Podcast
Já falei do NUA, podcast apresentado pela Ana Raia, na última edição da newsletter. Mas, além do episódio com a Carol Sandler, temos ainda vários convidados interessantes. Monica Martelli, Theo Cochrane e Dudu Bertholini estão entre os meus favoritos. Disponível no Spotify.
Perfil
Apesar de ter diminuído radicalmente a ingestão de álcool, o perfil @deondevinho ainda é um dos meus preferidos no Instagram. A Pri Matta fala de vinhos, harmonizações, receitas, viagens, sempre de um jeito muito leve e gostoso de ouvir (mineira, né?). Mas o que eu gosto mesmo é do estilo da moça. Ah, um ctrl+c, ctrl+v desses no meu armário.
E aí, curtiu as dicas de março? Me conta nos comentários o que você achou e fica à vontade para dividir suas dicas também!
E você já sabe: ao comprar qualquer item através dos links dessa news você ajuda essa produtora de conteúdo a adquirir mais livros e falar mais sobre eles, em um ciclo sem fim de bons conteúdos na internet. :)
manguel é sempre uma ótima companhia!