Seja você uma pessoa que gosta de fofocas de famosos ou não, é praticamente impossível não ter ficado sabendo que Sandy e Lucas Lima se separaram depois de 24 anos juntos. O pivô, dizem, não foi uma outra mulher, mas sim outro cara que morreu bem antes de Sandy ter tamanho para cantar “Abre a porta, Mariquinha” no programa do Lima Duarte. Dizem as más línguas que Lucas decidiu se separar depois de ler “A Morte de Ivan Ilitch”, do escritor russo Leon Tolstoi.
Li esse boato, não faço ideia da sua veracidade, mas reproduzo aqui porque, mesmo que não seja totalmente verdadeiro, levanta um tema interessante. Você já leu algum livro capaz de mudar os rumos da sua vida?
Eu, particularmente, nunca vivi uma experiência assim tão forte com uma leitura. Até li “A Morte de Ivan Ilitch”, mas a única coisa que eu senti foi um profundo ranço de literatura russa que, até hoje, uns 5 anos depois, eu ainda não consegui superar. Desculpe quem ama, mas ele não funcionou para mim.
Isso não me impediu de achar a reflexão do livro bonita por si só. Ao ver que o fim da vida está se aproximando, Ivan Ilitch começa a fazer um balanço da sua trajetória. Que decisões tomou, que escolhas fez, com o quê e com quem decidiu investir o seu tempo. É, de fato, uma leitura que nos convida a fazer o mesmo.
Escrevo esse texto enquanto olho as minhas estantes procurando livros que tenham me transformado de alguma forma. Na infância, “Mulherzinhas” me fez querer ser escritora. Na idade adulta, o mesmo livro me salvou do tédio da pandemia e me levou a criar amigos maravilhosos em uma leitura coletiva. “Harry Potter” marcou a minha adolescência e até hoje é um lugar seguro, naqueles momentos em a mente começa a ceder espaço para a ansiedade. “Talvez você deva conversar com alguém” me fez voltar a fazer terapia. Os livros do Stephen King foram excelentes companheiros durantes vários términos de relacionamento (quer algo mais distante do universo de comédias românticas?), mas eu tenho quase certeza de que eu não precisava dele para saber que não se deve enterrar nada em um cemitério indígena e nem conversar com um palhaço segurando um balão.
Tem livros que ensinam, tem livros que fazem companhia em momentos difíceis, que ficam com a gente por anos, que são esquecidos mal chegamos à última página.
Acho que a mágica da leitura é essa: cada livro é um tijolinho que vai construindo a sua personalidade aos poucos. Por isso reler seus favoritos pode ser tão gostoso. É um reencontro com o seu eu de alguns tijolinhos atrás. E quanta coisa pode mudar nesse meio tempo.
Curtinhas!
Aqui tem os livros que mudaram a vida da Carolina Ruhman Sandler.
E já que o assunto é fofoca literária...
Uma receita que quero testar em brevíssimo.
Esse discurso vale o filme inteiro.
Fiquei horas nesse perfil. Amo quem faz o difícil parecer muito fácil.
O que eu estou lendo?
Outubro é o mês em que eu me dedico ao terror e ao true crime sem medo de ser feliz. Halloween sempre foi uma das minhas datas preferidas, então uso de desculpa sem dó para só ler aquilo que me aterroriza. O da vez é “Tudo é Eventual”, coletânea de contos do Stephen King. Mas a pilha de leitura para esse mês é bem maior. Em breve posto no instagram. E se você só me conhece por aqui e ainda não me segue por lá, dá uma olhadinha no @eutatiguedes! 😉
E você já sabe: ao comprar qualquer item através dos links dessa news você ajuda essa produtora de conteúdo a adquirir mais livros, em um ciclo sem fim de bons conteúdos na internet. :)