Entre vídeos de gatinhos, bebês fofos e indicações de livro, volta e meia aparece nos meus stories uma reflexão que vale a pena compartilhar. Em um deles, uma influencer comentava que quando passamos por situações desconfortáveis, tendemos a pensar que somos muito únicos, como se ninguém além de nós tivesse experenciado aquela dor. Narcisistas, não? Mas a verdade é que, apesar de cada um sentir a própria dor de forma muito particular, algum ser humano, na face da terra, já viveu uma situação parecida com essa que te machucou.
A influencer terminava a fala dizendo que as amizades que mais interessam a ela são aquelas que dividem as vulnerabilidades. E isso me fez perceber que eu encaro as relações pessoais de forma muito parecida.
Eu gosto de aprender com o outro. Gosto de construir relações em que o diálogo seja aberto, onde haja espaço para a sinceridade (com amor, claro). Mas essa dinâmica é baseada na troca. Pessoas que não dividem onde o calo aperta, que pelo contrário, nem aparentam ter calos ou unhas encravadas, não me interessam. Pessoas que tem resposta para tudo - para si e para os outros, e fazem parecer que meus problemas não se resolvem por incompetência minha - não me seduzem, não me instigam curiosidade. São as vulnerabilidades (minhas e dos outros) que conectam, que dão a sensação de pertencimento.
Uma das minhas melhores lembranças da época de colégio são as tardes em que eu passava com a minha melhor amiga, comendo brigadeiro, ouvindo Aerosmith e falando dos nossos problemas e sofrimentos. Claro que não era só uma sessão de lamentações. Nós falávamos sobre livros, músicas, filmes, os amigos em comum, os caras de quem a gente gostava. Estávamos, sem perceber, criando laços que existem até hoje, quase 30 anos depois.
Eu não sou exatamente a melhor companhia para festas. Bebo pouco, durmo cedo e danço de uma maneira levemente constrangedora. Mas se você tiver algum problema e precisar ligar para alguém às 4h da manhã, eu sou a pessoa certa. Eu não brinco no rasinho, sou boa em conversas profundas. Se antigamente eu achava que estava falhando no quesito amizade, hoje já entendi que não preciso ser, necessariamente, a pessoa que liga. Basta ser a pessoa que atende.
Me mostre que você sangra como eu, e eu serei sua amiga para sempre. Mostre onde dói e eu vou tentar ajudar a aliviar a dor. Mostre que meus problemas merecem ser ouvidos e eu vou me sentir segura ao seu lado. Vamos celebrar juntas o fato de não termos todas as respostas?
Da semana
É joia, é rolex, é hacker falando tudo e mais um pouco, é gente metendo o atestado pra fingir que não fez o que fez, uma galera que não deleta documento da lixeira... uma trama que, se escrita por roteiristas de Hollywood, faria o público pensar “não, dessa vez exageraram. Isso não acontece em nenhum lugar do mundo”. Mas no Brasil acontece. Como bem disse Lucas Fresno: “promoveu genocídio e golpe militar. Vai cair por muamba”.
Independente do motivo, a justiça vem aí. Já tá escolhendo o look da comemoração?
Curtinhas!
O que eu queria ouvir na terapia? Isso aqui.
Deu até vontade de voltar a fazer tie-dye.
Essa fala da Denise Fraga me representa 100%.
Essa resenha da @atracalivros_. Aliás, esse perfil e esse blog. Apenas sigam!
Uma série para libertar a adolescente que vive em você (se você não é #teamjelly, você está assistindo errado).
O que eu estou lendo?
Estava atrás de uma história que me prendesse e me fizesse perder a noção do tempo. Comecei “Amanhã, amanhã e outro amanhã”, da Gabrielle Zevin, por indicação da @babibomangelo e estou amando! Fala sobre amizade, videogame, anos 90, e é lotado de referências. Vale a leitura!
Lembrando que ao comprar qualquer produto através dos links dessa news, você contribui com a minha escrita e me ajuda a comprar mais livros em um ciclo sem fiiiiim de produção de conteúdo bom na internet.
Toda hora isso! Roupa pra posse, roupa pra comemorar a prisão do canalha, amém, deusas! Já vai tarde! Amei essa News!
Tati, amei teu relato. Penso como você, quando se trata de amizade.