O melhor de abril

#122 Zero Pretensões e Sentimentos Aleatórios

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Começo a escrever essa edição de favoritos de madrugada, em uma rara crise de insônia. Nesses casos, eu geralmente me recuso a lutar contra ela e me limito a pegar o livro mais próximo. Então, já trago um spoiler fresquinho dos favoritos de maio: O Mito do Mito, da Rita Lee, é uma delicinha que merece ser lida, especialmente pelos fãs da cantora (e quem não é?). Mas vamos às dicas de abril!

Livros

Esse mês eu tive 100% de aproveitamento nas leituras. Todas sensacionais! Finalizei Sem tempo a perder, da Ursula Le Guin, uma coletânea de textos do seu blog. Eu, que não sou de economizar livro, me vi degustando bem aos pouquinhos. A Boba da corte, da Tati Bernardi, também foi outra grata surpresa. Tanto que mereceu um texto só pra ele. (Você pode ler aqui). O ano do pensamento mágico, da Joan Didion, é um desses que vive nas listas de leituras obrigatórias, e depois que eu li, fez todo o sentido (também escrevi sobre ele aqui). É sobre luto sim, mas é também sobre amor, família e a construção de uma vida toda. Monique se liberta, do Édouard Louis, navega pelas mesmas águas de A Boba da Corte, ainda que por um ângulo totalmente diferente. Nele, o autor conta como foi para a mãe se libertar de um relacionamento abusivo e conquistar sua própria vida aos 55 anos. É um relato pessoal, mas Louis faz questão de mostrar que algumas dificuldades são sociais - é nesse ponto que esse livro e o da Tati se tocam. Lindo demais!