Defeitos e qualidades são duas faces da mesma moeda e é preciso muita terapia para distinguir uma coisa da outra. Eu, por exemplo, sempre vi minha resistência em pedir ajuda como um sinal claro da minha autossuficiência. É curioso como a gente gosta de se enganar, não?
No último mês, a vida por aqui virou de cabeça pra baixo. Aquelas viradas de 180º que dão náuseas, vertigem e uma sensação de que fomos atropeladas por um caminhão. Tudo para melhor, é verdade, mas ainda assim nossa mente precisa de um tempo de readaptação. Nessa mudança louca de casa, de bairro, de status (agora sou mãe de pet), percebi que não sou autossuficiente coisa nenhuma. E minha resistência em pedir ajuda é só mesmo uma gigantesca falta de humildade.
Porém, nada como 60 caixas pesadas para restaurar a humanidade que nos habita. Perdida entre um monte de bugigangas, percebi que não há maneira de viver nesse mundo sem pedir (e aceitar!) ajuda.
Cresci em um ambiente que me fez acreditar piamente que pedir favor é dever a alma, mas ultimamente tenho notado que, provavelmente,eu só estava contando com as pessoas erradas. Aquele tipo de ser humano que ajuda, mas logo depois cobra um preço bem elevado por um gesto que, a princípio, era simples. Venho aprendendo a aceitar as pequenas gentilezas tais como elas são: gestos de amor, carinho e amizade, que ficarei feliz em retribuir em breve.
Por enquanto, ainda sigo aqui, rodeada de caixas, sacolas de livros, confundindo as chaves to-da vez que vou abrir a porta e louca para fazer desse novo apartamento um lar e do novo bairro o meu mini mundo.
Juro que em breve essa news volta ao normal, assim como todo o resto da rotina. E obrigada por não largar (virtualmente) a mão dessa que vos escreve. É que mudança - por menor que seja - mexe demais com o cérebro da ansiosa!
Curtinhas!
Amo ser esposa, odiei ser noiva. E o motivo está aqui.
Um lembrete suave.
Um ranking das músicas mais chatas do pop. Discordo veementemente da #11, mas preciso concordar com a #1.
Você conhece os brasileiros que votam no Oscar?
Essa entrevista. Essa musa.
O que eu estou lendo?
Lamento dizer que minhas leituras não avançaram tanto nas últimas semanas, porém digo que “O Vento sabe meu nome” cresceu em mim e estou gostando muito de mais essa obra da Isabel Allende. Saímos do terreno das desgraceiras e “o mundo não vale a pena” para ver laços se formando. Em breve comento mais aqui!
E você já sabe: ao comprar qualquer item através dos links dessa news você ajuda essa produtora de conteúdo a adquirir mais livros, em um ciclo sem fim de bons conteúdos na internet. :)
Me identifiquei muito não só por também estar em processo de mudança (ô coisa demorada, a gente acha que vai chegar e desfazer todas as caixas e PRONTO, mas não é simples assim), como também por estar aprendendo a receber e fazer favores. Na minha família pedir favores era (ainda é) visto com maus olhos, porque justamente "ficamos devendo". Com a minha esposa e a família dela, percebi que as pessoas certas não vão cobrar olho por olho, dente por dente. Um favor não precisa ser pago de volta; só precisa ser dado adiante :)
Tenho fugido de livro com temática mundo real (porque de notícia ruim, no momento, já está bastando as do dia a dia).