Ontem eu comecei a ler A Mais recôndita memória dos homens e já no primeiro capítulo, o narrador, que é um escritor de uma certa "nova leva" de escritores senegaleses, encontra por acaso num bar na França uma escritora muito famosa e propõe a ela de levá-la para cama, e ela diz algo para ele muito interessante que eu acredito que caiba em qualquer situação de pessoas, como nós que lidamos com a escrita e a criatividade todos os dias:
"Aí está o seu erro. O erro de todos como você. Vocês acreditam que a literatura corrige a vida. Ou a completa. Ou a substitui. É mentira. Os escritores, e conheci muitos, sempre foram os amantes mais medíocres que encontrei. E sabe por quê? Enquanto fazem amor, já estão pensando na cena que essa experiência vai render. Cada carícia é estragada pelo que a imaginação deles faz disso ou vai fazer, cada estocada é enfraquecida por uma frase (...)".
É interessante pensar em como a gente vai deixando de viver o momento em busca da frase perfeita que vá nos destacar em meio essa multidão. E tô hoje eu aqui, cumprindo o que eu me prometi na semana passada, tirar certos momentos para simplesmente refletir sobre aonde eu quero chegar. Sempre em boa hora, Tati. Muito obrigada por esse texto.
é sempre muito difícil não traçar comparações, porque a lógica da nossa sociedade é esta: tem sempre um melhor e um pior. desde pequenos, somos ensinados a tentar e querer ser o melhor (ou, no mínimo, estar entre os melhores). temos que nos esforçar muito para mudar essa mentalidade, ainda que seja em apenas nós mesmos.
eu adorei Nós, Mulheres, porque me provocou exatamente esse mesmo sentimento: de estar me nutrindo de mulheres que desafiaram algo, que foram corajosas, que colocaram sua cara no mundo. me fez pensar muito nos meus próprios parâmetros e em quem me inspira no dia a dia. beijo, Tati :)
Ontem eu comecei a ler A Mais recôndita memória dos homens e já no primeiro capítulo, o narrador, que é um escritor de uma certa "nova leva" de escritores senegaleses, encontra por acaso num bar na França uma escritora muito famosa e propõe a ela de levá-la para cama, e ela diz algo para ele muito interessante que eu acredito que caiba em qualquer situação de pessoas, como nós que lidamos com a escrita e a criatividade todos os dias:
"Aí está o seu erro. O erro de todos como você. Vocês acreditam que a literatura corrige a vida. Ou a completa. Ou a substitui. É mentira. Os escritores, e conheci muitos, sempre foram os amantes mais medíocres que encontrei. E sabe por quê? Enquanto fazem amor, já estão pensando na cena que essa experiência vai render. Cada carícia é estragada pelo que a imaginação deles faz disso ou vai fazer, cada estocada é enfraquecida por uma frase (...)".
É interessante pensar em como a gente vai deixando de viver o momento em busca da frase perfeita que vá nos destacar em meio essa multidão. E tô hoje eu aqui, cumprindo o que eu me prometi na semana passada, tirar certos momentos para simplesmente refletir sobre aonde eu quero chegar. Sempre em boa hora, Tati. Muito obrigada por esse texto.
sou fã das suas reflexões! e quando elas vem acompanhadas de uma citação como essa, nossa! agora eu entendi o hype com esse livro!
Eu tô amando mais a cada página!
Iniciei meus detox digitais em 2019 e tenho recolhido bons frutos deste processo.
Depois, dei mais um passo importante: resolvo um problema de cada vez, além de não me deixar pressionar por telefonemas, recados outros, o que seja.
Meu professor de Psicanálise tem insistido que não somos multitarefas. Acredito!
Vida despojada, simples e calma é tudo! :)
meu cérebro já provou por A + B que eu não sou multitarefas, mas eu me iludo. hahaha acho que muito por não querer escolher entre uma coisa e outra.
gostei e me identifiquei demais com essa edição <3
eu fico só imaginando você, nessa jornada do mestrado, quantas vezes não se deparou com isso! aliás, amei o último vídeo da news!
é sempre muito difícil não traçar comparações, porque a lógica da nossa sociedade é esta: tem sempre um melhor e um pior. desde pequenos, somos ensinados a tentar e querer ser o melhor (ou, no mínimo, estar entre os melhores). temos que nos esforçar muito para mudar essa mentalidade, ainda que seja em apenas nós mesmos.
exatamente! é um alívio ver que a nova geração valoriza outras coisas!
eu adorei Nós, Mulheres, porque me provocou exatamente esse mesmo sentimento: de estar me nutrindo de mulheres que desafiaram algo, que foram corajosas, que colocaram sua cara no mundo. me fez pensar muito nos meus próprios parâmetros e em quem me inspira no dia a dia. beijo, Tati :)
olha aí o que eu disse: gêmeas de leitura! hahahaha
mas é isso mesmo, é um livro que faz a gente rever nossas referências!
vidas secas, TUDO pra mim!
amo amo amo 🤎
aff me deu até vontade de reler outra vez!
eu ainda não cheguei no capítulo da Baleia, to me preparando emocionalmente!